Mudanças no financiamento de campanhas mostram primeiros efeitos
Logo do PAC American Action Network (Fonte: site institucional)
Por Geraldo Zahran [Informe OPEU] [Notícias] [Financiamento de campanha]
Por meio da histórica decisão no caso “Citizens United vs. Federal Election Commission”, em 21 de janeiro de 2010, a Suprema Corte dos EUA aprovou o financiamento direto de propagandas eleitorais por corporações e sindicatos, revogando disposições anteriores. Os efeitos desta deliberação estão sendo vistos pela primeira vez no desenrolar das campanhas para as eleições parlamentares de 2 de novembro. Um deles foi o surgimento dos “SuperPACs” (Political Action Committee).
Seguindo brechas no Código de Imposto, os Comitês de Ação Política sempre foram livres para angariar fundos e investir em propaganda eleitoral sem revelar a identidade de seus doadores, desde que tais gastos não fossem coordenados com os comitês de campanha oficiais dos candidatos. A decisão da Suprema Corte aumentou em muito a capacidade de captação de recursos dessas organizações. Os principais exemplos são a Crossroad GPS e a Americans for Prosperity, campeãs de gastos na campanha do Senado e que, junto com a American Action Network, lançaram um pacote de US$ 50 milhões para ajudar candidatos republicanos à Câmara em campanhas acirradas.
Logo do PAC Americans for Prosperity (Fonte: site institucional)
Críticos à decisão da Suprema Corte, os democratas acusam-na de permitir que as eleições sejam influenciadas por grupos de interesse por meio de doações ilimitadas e anônimas. A situação do Partido Democrata se tornou ainda mais sensível com o chamado “desarmamento unilateral” de Barack Obama que, seguindo princípios de sua campanha em 2008, não incentivou doações de grandes benfeitores e grupos privados às campanhas de candidatos de seu partido.
[Material atualizado com foto em 26 out. 2024]
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