Suspeita de financiamento estrangeiro acirrou debate eleitoral

Nas últimas semanas, a Casa Branca tem levantado a hipótese de que grupos republicanos estariam utilizando recursos estrangeiros para financiar campanhas publicitárias. As suspeitas levantadas pelo presidente Barack Obama e por um de seus principais assessores, David Axelrod, não foram respaldadas por nenhuma evidência concreta. A possibilidade de influência estrangeira existe, todavia, uma vez que esses grupos não são obrigados a divulgar os nomes de seus doadores. Anteriormente, Obama havia dito que essa situação poderia ser evitada se o Ato de Divulgação, apoiado pelos democratas, não tivesse sido rejeitado no Senado em junho. De forma mais contundente, Obama acusou a Câmara de Comércio dos Estados Unidos de “roubar a democracia” ao financiar atividades políticas com doações de contribuintes estrangeiros. Bruce Josten, representante da Câmara, negou as acusações, acrescentando que o Ato de Divulgação concederia tratamento preferencial a sindicatos trabalhistas e coibiria a atuação de grupos empresariais. O Comitê Nacional Democrata veiculou comerciais fazendo a mesma acusação aos ex-conselheiros republicanos Karl Rove e Edward Gillesp, dos grupos American Crossroads e Crossroads GPS. Rove reagiu em artigo no The Wall Street Journal, reafirmando que nenhum dos grupos utiliza doações estrangeiras, o que é proibido desde o Ato Tillman, de 1907. Rove acusou o presidente de tentar desviar a atenção do eleitor da situação econômica do país e de uma taxa de desemprego de quase 10% ao fazer denúncias sérias sem provas.

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