Processo de paz interrompido por novos assentamentos
A moratória sobre assentamentos israelenses na Cisjordânia foi suspensa em 26 de setembro após dez meses em vigor e muito esforço dos EUA em contrário. Contradizendo promessa anterior, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, concedeu aos EUA os dias anteriores à reunião da Liga Árabe para o restabelecimento das condições de negociação. Para salvar o diálogo, os EUA ofereceram incentivos para Israel em troca de novo congelamento. Segundo Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, a oferta foi recusada. Após encontro em 08 de outubro, a Liga Árabe deu um mês para os EUA convencerem Israel, após o que recomendaria o fim das discussões. Nesse ínterim, líderes europeus entraram em cena. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ofereceu-se para sediar um novo encontro entre Abbas e Netanyahu, enquanto Catherine Ashton, a Alta Representante da União Europeia, seguiu para o Oriente Médio para somar esforços com o representante dos EUA, George Mitchell. Fatores políticos domésticos se interpõem ao processo externo de paz. De um lado, Abbas pode perder credibilidade interna se continuar negociando com os assentamentos retomados, o que fortaleceria o Hamas. Se desistir, arrisca o apoio crucial do ocidente para permanecer no cargo. A coalizão governamental israelense também corre o risco de quebra em caso de grandes concessões. Em 11 de outubro, a proposta israelense de revalidar a moratória mediante o reconhecimento do país como Estado judeu foi prontamente rejeitada pelos palestinos.