O partido Republicano apresentou na última quinta-feira, 23 de setembro, seu programa de governo caso vença as eleições parlamentares em novembro. O plano, intitulado ‘Promessa para América’ (Pledge to America), busca canalizar o descontentamento com a administração democrata e, ao mesmo tempo, fornecer aos candidatos republicanos uma plataforma propositiva que os desvincule da imagem de ‘partido do não’. O local de lançamento foi uma loja de materiais de construção na Virginia: um apelo às bases de pequenos empreendedores do partido. Republicanos esperam que o documento tenha o mesmo impacto do ‘Contrato com a América’ (Contract with America) de 1994. Dentre os principais itens da agenda constam a extensão permanente dos cortes de impostos da era Bush, o repúdio à reforma do sistema de saúde de Obama, o cancelamento do orçamento não gasto do pacote de estímulos de 2009, e o congelamento de gastos governamentais aos níveis de 2008. São previstos cortes de US$ 100 bilhões em agências não-militares e 20% de redução de impostos para pequenos negócios. O plano acomoda propostas de membros do Tea Party, tais como a exigência de que todo projeto de lei seja disponibilizado para o público ao menos 72 horas antes de sua votação e de que uma certificação de constitucionalidade acompanhe toda nova lei. O documento, todavia, foi muito criticado por não especificar como seriam feitas as reduções de gastos e por não mencionar as reformas dos programas de seguridade social. Mesmo antes da divulgação, democratas já criticavam o plano como um retorno a políticas fracassadas da era Bush que levaram ao colapso da economia do país.