Vazamento da BP afeta política ambiental dos democratas
(Arquivo) Unidade de perfuração offshore da Deepwater Horizon em chamas, em 20 abr. 2010 (Crédito: Guarda Costeira dos EUA/Wikimedia)
Por Geraldo Zahran [Informe OPEU] [Notícias]
Depois de concluir os testes de segurança, o governo dos EUA declarou, em 19 de setembro, o fechamento da Deepwater Horizon, plataforma de exploração de petróleo e gás em poço a 1.500 metros de profundidade no Golfo do México. A plataforma da BP explodiu em 20 de abril deste ano, causando o maior acidente ambiental do país. Ainda não é possível avaliar os efeitos ambientais do derramamento de 4,9 bilhões de barris de petróleo, mas já se sabe que a reputação da BP e a popularidade de Obama saíram arranhadas.
Para atenuar os danos à imagem e às ações da empresa, a BP disponibilizou US$ 20 bilhões em indenizações, substituiu o CEO por um executivo nascido nos EUA e encomendou um relatório técnico, no qual compartilhou a responsabilidade com as empresas Transocean e Halliburton.
Quanto ao governo federal, as mensagens foram confusas. Enquanto o presidente Barack Obama anunciava a suspensão de explorações no mar, o Departamento do Interior liberava licenças para projetos em andamento. A moratória dificultou os planos de atrair votos republicanos para um amplo projeto de lei sobre energia e mudança climática. Embora tenha reconhecido a impossibilidade de o país abrir mão de recursos fósseis de fontes offshore no curto prazo, Barack Obama relembrou a urgência de aprovar a legislação ambiental, paralisada no Senado desde março.
[Postagem editada, com inclusão de imagem em 21 nov. 2023]
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