Governo acéfalo e violência ameaçam retirada do Iraque
Soldados americanos e iraquianos embarcam no helicóptero CH-53 Super Stallion durante exercício, no acampamento de Ramadi, no Iraque, em 15 nov. 2009 (Crédito: U.S. Air Force/Sgt. Daniel St. Pierre)
Por Geraldo Zahran* [Informe OPEU] [Notícias]
Passados sete anos da invasão, os EUA retiraram as últimas tropas de combate do Iraque em agosto de 2010, mantendo 50.000 soldados em operações de estabilização e treinamento das forças de segurança iraquianas. A retirada completa deverá ser concluída até o fim de 2011, quando o governo iraquiano assumirá o controle pleno do país. O problema imediato, no entanto, é a acefalia do governo desde as eleições de março. Como nenhum partido obteve a maioria necessária, as lideranças discordam sobre o nome que ocupará o cargo de primeiro-ministro.
Os EUA defendem uma aliança entre os rivais xiitas Nuri al-Maliki e Ayad Malawi, e os curdos. Já o Irã prefere uma união entre xiitas e curdos que aliene Malawi e seus apoiadores sunitas. A coligação prevalecente pode indicar qual país exerce mais influência no Iraque.
Para acelerar a solução, os EUA incentivam a criação do Conselho Político para Segurança Nacional, uma espécie de comitê, do qual participariam as principais lideranças. Apesar dos esforços políticos, o aumento da violência atribuído ao grupo Al-Qaeda Mesopotâmia ameaça o plano estratégico e põe em dúvida o papel das forças de estabilização na medida do seu envolvimento em contrainsurgência.
[Material atualizado com foto em 24 jun. 2023]
Assine nossa Newsletter e receba o conteúdo do OPEU por e-mail.
Siga o OPEU no Instagram, Twitter, Linkedin e Facebook e acompanhe nossas postagens diárias.
Comente, compartilhe, envie sugestões, faça parte da nossa comunidade.
Somos um observatório de pesquisa sobre os EUA, com conteúdo semanal e gratuito, sem fins lucrativos.